Somos todos seres humanos
Pra quem se interessar em um debate mais aprofundado sobre esses motivos, deixo links de três ótimos textos sobre esse caso no fim do artigo.
Aliás, o lado positivo desse episódio é que textos como esses dos links puderam ser escritos, o tema veio à tona e a noção de pertencimento e representatividade da população negra estão sendo debatidas.
Curiosidade dessa história é que vindo de um jogador famoso que nem sempre se considerou negro, a campanha foi abraçada por pessoas brancas famosas que nunca levantaram a voz contra ao racismo quando os movimentos negros e as juventudes negras reivindicam seus direitos e/ou são vítimas de violência.
A campanha ganhou adeptos que nunca se incomodaram com o racismo cotidiano, e com atos racistas em seu meios familiares e sociais. Daí você me pergunta, mas não é essa intenção? Que bom que isso ocorreu né?
Bom, há dois lados, como a campanha é semanticamente equivocada e tende mais para o lado de ignorar do que combater e politizar a questão, isso nubla a compreensão das pessoas sobre o tema. Porém, de alguma forma, como já disse, isso oportuniza avanços no debate e amplia os espaços para que cidadãos negros e militantes da causa da igualdade racial tenham voz.
Penso que não se combate a ignorância e o racismo, assumindo e naturalizando uma ofensa, que é o que é e sempre foi ser chamado de macaco.
Não viemos dos macacos, não somos macacos.
“Sobre macacos, bananas, Daniel Alves e Neymar” por Higor Faria
Não somos macacos - Por: Breiller Pires
"Contra o racismo nada de bananas, nada de macacos, por favor!" Por Negro Belchior
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