Polêmica: Maconha não é legal
Este tipo de pergunta surge em qualquer esquina, no barzinho, na praça, nas universidades. Os universitários são grandes consumidores da droga e muitos dos seus professores levantam argumentos em defesa da erva.
Porta para outras drogas? O uso retira a capacidade de escolha, vicia? São estas as perguntas do outro lado desta disputa: legalizar ou não. O índice de dependência da maconha é menor que o do álcool e do tabaco, algo em torno de 6 à 12%; e o uso esporádico não traz consequências comprovadas. A morte gradativa dos neurônios de um usuário não passa de um mito, salvo nos casos de exagero – estamos falando do uso moderado da droga.
Isto não é apologia ao uso nem nada que o valha, bom que se diga de imediato. Falo agora como um iniciante no campo do Direito: legalizar ou não, eis o mistério. Consegue imaginar as pessoas fumando seus cigarrinhos pelas praças, nos seus carros, nas festas, nos corredores das escolas, no horário de almoço? As pessoas já consomem a droga na maioria destes lugares e momentos, se não em todos – é um fato.
Conduta socialmente aceita? Quando a maconha for legalizada eu largo meu emprego, quero ver este país afundar de camarote, disse um policial numa destas discussões universitárias. Os policiais defendem o interesse do estado, ou seja, criticam veementemente qualquer droga.
O que o “povo” pensa de tudo isso? Qual o quadro futuro da droga? Vamos nos juntar aos nossos vizinhos, legalizar geral? Eu moro numa cidade que é atrativo turístico para os maconheiros: aqui não tem briga não, senhor, nem polícia. Ninguém ficou louco, se matou, matou a outrem – não em decorrência do uso da planta. Paz aqui é mato.