Há em mim um não-sei-quê de medo e fogo,
de vontade guardada a ferros de coisas que não ouso dizer.
Há em mim calor. Nervo. Sonho e algo mais.
Há em mim um desejo de ti.
Sou pela mansidão.
Sou pelo respirar fundo, pelo calar antes de dizer, pelo pensar antes de agir.
Sou pela seleção das lutas, pelo ver além do que está à frente dos olhos.
Sou pelo gerir das forças.
Há dias estranhos, em que desejo (por instantes) que o meu corpo e o meu pensamento se dissociem e, por obra e graça de alguém ou algo que não entendo, recebam e se entreguem a outro outro que passe a ser eu
Ou como as crianças, na sua forma de amar e de sentir, nos ensinam - a cada dia, em cada momento - que há coisas que estão além daquilo que os nossos olhos são capazes de ver.