A Genealogia da Maldade
A moral pode ter sido relativizada, mas a ética não, usando-a como ponto fixo norteador podemos ter melhores definições da maldade e bondade dentro dos aspectos éticos de um Ethos ao menos.
A problemática do mal não fora resolvida com a relativização da moralidade ante a diversidade de culturas, na verdade isso apenas acentuou o problema a exemplo da culminância da crise de valores. Para isso talvez seja preciso retroceder na linha temporal compreendendo uma desconstrução genealógica da maldade.
Convém ao filósofo buscar pela ética o resgate de características norteadoras universais para a maldade e a bondade como modo de postular uma definição não menos universal do certo e errado. Um trabalho polêmico graças a antropologia, todavia de muita importância, de modo que aquele que resolver a problemática do mal, como antiga questão da filosofia estará respondendo à pergunta de um milhão de dólares da humanidade. A maldade existe tanto quanto a bondade, tenho convicção disso.
A humanidade sempre teve como uma de suas perguntas mais essenciais o que é a maldade? De onde vem e por que existe? Dos serial killers, aos atos dos líderes mais vis com suas mentes deturpadas levaram a massacres, torturas com um calculismo avassaladoramente cruel. Mas enquanto um impulso e os instintos possam levar a um ato de maldade dentre estes surge ideologias e filosofias que levam essencialmente a atos reprovados pela humanidade como inúmeros genocídios.
"Tanto Michel Maffesoli, Edgar MOrin e Garcia Rúbio salientam que a modernidade é vítimada pela crise de valores (ética), crise de referenciais. Esses estudiosos concluíram que a tão celebrada razão katiana iluminista, instrumental e mecanicista, prefigurada como o grande arauto da nova humanidade demonstrou-se ineficiente, na medida em que o ser humano moderno, apesar de possuir um conhecimento ampliado está cada vez mais menos humano. A ideia iluminista do progresso humano pelo conhecimento tecnicista desaguou num naufrágio vitimador de milhões." Prof.Marco Antônio de Oliveira
Na encruzilhada de duas eras temos que aprender a ter o melhor de dois tempos, o velho e o novo, não provocar um choque temporal e de Ethos de ambos. A crise de valores denota problemas conceituais nas definições de certo e errado. Mas a ausência de âncoras a moralidade talvez seja a força motriz por de trás dessa crise. Identificar pontos fixos da moralidade é imprescritível a uma sociedade em crise de valores como nunca antes, pois graças a aspectos básicos da moralidade que são a base que torna possível a sociedade, sobre princípios de cooperação e reciprocidade ela é baseada, assim como os fundamentos das leis, pois a uma compreensão do Ethos comum as maiorias ao contrário de minorias que espalham o medo, como medidor razoável para ambos. Assim como heroísmo, a vilania, somente se atribuem comumente por ações de bondade/maldade. Para identificar um mal universal torna-se preciso estabelecer paradigmas que forneçam modelos. Assim como características como caridade e altruísmo podem ser atribuídos como atitudes de bondade, conhecer a bondade torna possível a conhecer e mensurar o mal. Lembrando que mesmo maus, assim podem ter momentos e algumas atitudes de bondade de modo que o fator determinante seja o conjunto de tais características. De exemplos que vive o padrão e convenhamos a exceção também é exemplo que pode perfeitamente ser padronizada dentro de certo âmbito. De Maquiável a Gramsci os métodos subversivos de uma guerra de crimes onde tudo vale para a vitória são explanados. Supõe-se assim que as guerras sujas consistem, essencialmente, numa guerra contra a ética e leis vigentes e os valores que estes defende para a inserção de uma ideologia divergente. Tenho a pretensa de não somente sintetizar essa ideologia essencialmente do mal como a identifica como a antiga problemática do mal confrontada por pensadores ao longo de milhares de anos, sendo assim uma crítica a mesma em seu contrassenso. Da filosofia à corrupção, espionagem e crimes de guerra, a toda dominação dos velhos métodos de emergência de crises que na atualidade somente se traduzem transmutadamente pela tecnologia, a velha luta pelo novo, que a doravante consiste num contrassenso: destruir o "velho" sendo a mesma uma velha metodologia reprovável unanimemente ainda que sob pretextos supostamente do "novo". Mesmo a constituição de uma luta contra o sistema soa contraditória ao ser sistemática, pois a vitória a todo custo pode ter um preço muito amargo a reputações e moral destes quando revelada. Isso nos leva a pergunta de que se vale a pena vencer ou estar do lado moralmente correto? Quando os meios não importam para um fim, esse fim será mesmo justificável? A ideia é expor a verdade única e onipresente em todas eras: a única vitória que importa e a moral, e o único meio é o conhecimento. A inspiração é por buscar de respostas do mau que o autor padece por uma implacável perseguição velada numa assombração inconstitucional que somente tem explicação na hipótese de um mal puro e simples por ser tão sistemático e calculista nos detalhes para afligir no sentido oposto do que deveria ser pago pelo que produzi, se equivale a uma doença pois não por menos a perversão e psicopatia assim são classificadas na psicologia e psiquiatria. Mas apesar de concordar com a abordagem bíblia do problema do mal, prefiro abordar de um modo mais acadêmico. Lembramos porém que tal recurso pode se tornar polarizante e maniqueísta e assim os resultados nem sempre são precisos, para que não seja acusado do mesmo. Igualmente excluo a bíblia para que não seja acusado de parcialidade ou aspecto ideológico meramente cultural/religioso.