Assim Caminha a Humanidade
Talvez em toda a história da humanidade nunca tenhamos presenciado absurdos sobrepostos com tanta veemência como nos dias atuais. O homem se perde nos seus limites diários e o respeito pela vida e suas belezas é colocado em segundo plano diante da ambição mascarada de ser melhor e melhor. Sem importar-se com os meios desde que o fim seja palpável e prazeroso o suficiente para sobressair-se em relação ao próximo. Somos hipócritas, falsos detentores da verdade, e principalmente, propagadores do rancor e da individualidade doentia.
Os problemas crônicos do mundo abrangem fatores além das nacionalidades, religiões e políticas governamentais. É um câncer populacional que exponencialmente evoca o racismo, o machismo, a intolerância religiosa, o desprezo pela igualdade social e a corrupção como forma de resposta para o simples fato de há muito não sermos capazes de amar.
Salvem raríssimas exceções, grupos não estão interessados em fazer a diferença, e sim galgar status quo – ter os 15 minutos de fama. Não importa se fulano foi flagrado traindo ciclana ou se a novela a mostrou uma cena mais provocativa que a novela b. Tudo aquilo que queremos é a janela escancarada para podermos compartilhar uma opinião. Para sermos ouvidos. Desconhecemos política do mesmo modo que a conhecemos como arma para estabelecer laços e desfazer supostas amizades quando buscamos simplesmente mostrar – a minha voz chega mais longe que a sua.
Direitos humanos? Usamos quando convém. Meio ambiente? Quando rende elogios dos amigos e acrescenta para o portfólio. Sujos dos pés até a cabeça de falsas verdades e meias mentiras, dançamos ao som de uma trilha sonora particular e que age e reage conforme os nossos sentimentos e necessidades. Hipócritas! Todos somos! Certas vezes dura apenas um instante e um instante pode ser o começo ou pode ser tudo.
A esperança. Existirá luz no túnel estruturado pela lei do mais forte? O ser humano permanece na escala evolutiva e superando problemas adversos há séculos, mas enquanto no passado os problemas eram postos na ponta de espadas por ideais, hoje usamos os dedos e a voz para representar um intelecto superior e quase divino: o certo. Errados são os meros mortais que se preocupam com os meios e toda essa baboseira chamada humanidade.