Fazer Nada
E a atratividade do “fazer nada” rouba o tempo em um ensaio de bocejo que me leva a uma tarde inteira de ócio, na qual não consigo mais distinguir a preguiça do sono.
Antigas expectativas já não diferem desmotivação de cansaço e limitam forças cansadas de descansar. Insisto pensando que preciso de tempo pra ter tempo, mas perdi o controle do tempo para o relógio e calendário. Assim, me ponho muito ocupado “fazendo nada”.
Julgo a teimosia do galho seco que persiste em manter presa sua última folha seca contra o vento do outono. Prossigo trajeto acompanhado de meu sentimentalismo na correnteza do ócio, em uma inércia que poupa a energia física para consumir a emocional.
Daí, em um devaneio ao dissertar sobre o vagar lembro de sua virtude que resgata recordações de conquistas e bons momentos, ambos estímulos de inspiração para o amanhã. Logo, realizo o quão importante é o “fazer nada” para poder fazer “tudo” ou pelo menos “diferente”.