Manuel
Manuel Bandeira, poeta (e que poeta!), crítico, historiador literário, professor, o terceiro a ocupar a Cadeira 24 na Academia Brasileira de Letras e cronista, nasceu em Pernambuco em 1886, e faleceu no Rio de Janeiro em 1968.
Viveu, por muitas décadas, esperando a morte e sofrendo por amor. Sua obra, sobretudo a sua poesia, é singela, bela e de suma importância para literatura nacional.
Fonte:"A Cinza das Horas", 1917.
No inicio do século XX, Manuel descobre que sofre de tuberculose. A doença, que já havia levado uma dúzia de Românticos e tantos outros, chegava para Bandeira.
Manuel pertenceu à Primeira Geração Modernista, ligado na literatura, sobretudo, aos também pioneiros Mario de Andrade e Oswald de Andrade. Sua contribuição foi essencial, principalmente com a sátira ao Parnasianismo intitulada "Os Sapos", a qual foi declamada durante a Semana de Arte Moderna de 1922 por Ronald de Carvalho.
[...]
Fragmento do poema "Os Sapos", 1918.
Manuel era sofredor. Quando o assunto era amor, então...
Fonte: Revista Bula
Poeta sem igual. Hábil, contundente, meigo. Triste. Intrigante. Era erótico (leiam "A Cópula" e espantem-se) e também romântico. Manuel!
Foi único e ensinou as outras gerações de poetas a serem únicos. Mesmo com uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado, viveu amando, fazendo sexo, sofrendo e contribuindo com a literatura e a história. Foi Manuel Bandeira.
Obrigado, Manuel!