A ambição de Shelley
Victor Frankenstein tinha uma grande ambição em sua vida, ambição que o consumiu. Quando ele percebeu o resultado de seu trabalho ele se envergonhou, se desesperou e adoeceu. Nos dois anos que se passaram ele imaginou que sua criatura era uma maldição por seus atos, imaginação que se mostrou verdadeira mais tarde. O Capitão Robert Walton tem suas próprias ambições, mas cada vez que ele abre mão delas ele é de algum modo recompensado.
A ambição do monstro é também mostrada como algo com consequencias ruins. Quando ele quer tornar a vida de Frankestein miserável, sua própria vida se torna miserável.
Talvez Shelley, a escritora, está tentando passar que as ambições humanas podem nos levar a fazer coisas monstruosas, e que coisas ruins sempre acontecem quando poder e desejo estão unidos.
Bons exemplos de recompensas para a ambição não existem nesse livro. O testemunho do monstro de como é doentia e miserável sua vida durante o tempo em que ele destruia a vida de Frankenstein é tocante, mas ainda sim, mostra uma face do monstro que não é fácil de aceitar, um monstro hipócrita, que ama seu criador, mas por ser infeliz, não suporta que os outro sejam felizes.
A dor do monstro e sua necessidade em tornar o protagonista o mais miserável possível, matando todos os amigos e parentes mais queridos de Victor parecem intermináveis. A criatura tenta argumentar com seu criador mas é incapaz de ser razoável, e seu criador também demonstra ser impassível, mesmo sendo ele o culpado pela criação do monstro ele não aceita sua existencia ou mesmo o fato dele ter necessidades e ser dependente dele. Sendo a existencia do monstro uma enorme ferida em seu orgulho.
O monstro tratado no livro não é aquele que habita dentro de nós.