O jovem que deu uma volta ao mundo entrevistando e fotografando crianças
Depois de entrevistar alguns maquinistas mirins, na Hungria
A história acima é real. E o jovem que a conta sou eu.
Aos 19 anos, embarquei sozinho em uma viagem de volta ao mundo. O tempo vinha roubando de mim, e de todos os que comigo conviviam, a juventude que um dia tivéramos de sobra. Meu melhor amigo, que sonhava comigo desde a infância em fazer essa viagem, desistira dela.
Percebendo que muitos outros viravam adultos e abandonavam antigos sonhos, decidi partir desacompanhado e de imediato, com as economias geradas anos atrás, em um período no qual eu adentrava concursos culturais e vendia os prêmios ganhos na internet (foram mais de 20!).
Um primeiro encontro com crianças no Himalaia
Durante a jornada, que me levou para mais de 30 países em quase um ano e meio, entrevistei e fotografei as crianças que cruzaram meu caminho, tentando redescobrir a juventude através daquilo que diziam e expressavam.
Foram 6 meses na Europa, um semestre na Ásia, e pouco menos que isso na América Central. Os lugares mais marcantes não foram aqueles que percorri rapidamente cobrindo grande distância, mas sim aqueles nos quais diminuí o ritmo e permaneci por um bom tempo. É o caso da vila na Indonésia em que fui “adotado” por uma família nativa, virei professor em meio período na escola local, aprendi a me comunicar no dialeto deles e surfei até não poder mais.
Sendo recebido na casa de uma família indiana
A história, originalmente escrita em forma de carta ao melhor amigo, virou um livro. E o livro virou o centro de um projeto de financiamento coletivo, no Catarse. Aliás, o modus operandis do financiamento coletivo é novidade para muitos. No modelo, aqueles que querem ver um projeto acontecer podem “comprar” uma recompensa através de um “apoio” em dinheiro. No entanto, o “apoio” só é debitado - e as recompensas só são produzidas – se o projeto bate sua meta de arrecadação (geralmente, um valor que cobre os custos de produção da obra) ao fim do prazo estipulado. Caso a meta não seja batida, o dinheiro volta para o apoiador, e ninguém sai perdendo. Para conhecer esse projeto, ver as formas de apoio, e saber mais sobre a história, clique aqui.