Como você trata o diferente?

A curiosidade é a mãe de todas as invenções. Tem significativa parcela de responsabilidade no desenvolvimento tecnológico e social das sociedades humanas. Entretanto, é necessário impor limites a própria curiosidade, principalmente quando trata-se de curiosidade sobre a vida e os hábitos de outros seres humanos.
Na sociedade do espetáculo, em que vivemos, tudo é motivo de espanto e espalhafato, e muitas vezes, inconveniência. Foi por ser incomodado insistentemente que Jonathan Novick, um portador de nanismo residente em Nova York, decidiu filmar um documentário com algumas cenas de seu cotidiano. O tipo de nanismo de Jonathan é o mais comum, e é denominado de acondroplasia. Ocorre em 1 de cada 15 mil recém-nascidos, e caracteriza-se por membros curtos para um tronco de tamanho médio, além de outras especificidades.
Importunado por muitas pessoas em seu cotidiano, com fotos e filmagens não-autorizadas, além de gracejos e grosserias, Jonathan, que é documentarista, escondeu uma câmera na camisa e nos mostrou como somos invasivos com aqueles que consideramos diferentes. Novick alerta, inclusive, para pequenos atos, não perceptíveis, que fazem muita diferença.
O resultado é impressionante. Em pouco mais de seis minutos, ele nos faz repensar, e muito, o nosso trato com os que nos circundam. E conclui com a seguinte frase: "A próxima vez que você encontrar alguém diferente de você, pense em seu cotidiano. Pense em todos os eventos que o fizeram chegar até lá e pense no seu dia; pense: qual parte de seu dia você quer ser?
P.s.: Infelizmente não encontrei o vídeo traduzido. Quem encontrar, ou puder fazê-lo, será de grande utilidade!
