Alex Prager: cinema e fotografia retrô
Alexandra Prager (1979) assinala suas obras com este apelido ambíguo: Alex. É autodidata e fã da estética dos anos 50, 60 e 70, utilizando em suas composições a própria coleção de indumentária clássica, além de muita cor, contraste, maquiagem e perucas, tudo para imprimir em suas imagens um ar de glamour e sofisticação.
Susie and friends, 2008
A maior parte de sua produção é ambientada em Los Angeles, cidade natal. Lá, encontra cenários perfeitos para seus “storytellings”, instigando o espectador nas composições recheadas de dramas pessoais e situações surreais, frequentemente familiares. Essa familiaridade com as personagens é resultado do repertório de imagens que já fazem parte de nossa bagagem: Prager se inspira em clássicos do cinema. Quando uma cena lhe agrada, ela pausa e a fotografa, para manter a referência.
Desiree, 2008
Rachel and friends, 2010
Alex iniciou seu trabalho como artista em 2008, com a série fotográfica “The Big Valley”, seguida por “Week-End”, de 2010, ano em que também produziu os filmes “Despair” e “Sunday”.
Eve, 2008
Crowd number 1 (Stan Douglas), 2010
Cindy, 2008
Despair film still 3, 2010
Despair film still 4, 2010
Em 2012 fotografou a série “Compulsion”, inspirada em Metropolis, de Fritz Lang, e em Um cão Andaluz, de Luis Buñuel e Salvador Dalí. Essa série investiga a complexidade da sociedade invadida por espectadores compulsivos e curiosos.
Milwood Ave and eye 1 flood diptych, 2012
Também em 2012, a artista filmou “Touch of evil”, realizado para o The New York Times Magazine, uma série de 13 vídeos sobre os ícones mais perversos do cinema, onde os atores Brad Pitt, Gary Oldman, George Clooney, Glenn Close, Viola Davis, Kirsten Dunst, Ryan Gosling, entre outros, interpretam alguns dos vilões mais famosos da sétima arte.
Mia Wasikowska como Bob, da série Twin Peaks, de David Lynch
La Petite Mort, film still 3, 2012
Mesmo sendo as mulheres o foco de sua produção, a presença do suspense e do drama nos vídeos recentemente produzidos, reforçam a concepção intrínseca do trabalho da artista: requinte e elegância. Nas fotografias, a ousadia, a delicadeza, o teor melodramático e a atmosfera vintage não deixam dúvida, o universo feminino é sempre bonito e fugaz.
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