os sentidos da vida de seis bilhões de outros
Afinal, qual o sentido da vida? é uma questão universal: os sonhos, a tarefa impossível, os medos, o amor, a morte. A questão não é absolutamente necessária, mas quem de nós a ignorou de todo? – Enfim, misturado a aparente diversidade das coisas e das cores, há em nós, sem dúvida, muito mais coisas que nos aproximam e nos unem do que coisas que nos separam. As nossas profundas semelhanças são muito mais essenciais do que as diferenças superficiais que tanto nos confundem.
O Museu de Arte de São Paulo (MASP) exibiu, de abril a julho de 2011, a vídeo-exposição “Seis bilhões de Outros”. O projeto, iniciado em 2003 (dez anos depois do fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand apresentar ao mundo o seu livro e documentário A terra vista do céu), apresenta um diversificado, sensível e representativo panorama da misteriosa e fascinante contingência da vida humana no mundo. Seis diretores filmaram mais de cinco mil entrevistas em 75 países, inclusive no Brasil, buscando a maior diversidade possível de personalidades: diferentes meios sociais, faixas etárias, profissões, opções religiosas e diferenças étnicas.
Todos os entrevistados respondem às mesmas perguntas sobre “seus medos, sonhos, problemas, esperanças”: O que o amor representa para você? Que dificuldades enfrentou na vida? O que você aprendeu de seus pais e o que quer passar para os seus filhos?. Olham diretamente para a câmera, dirigindo-se ao espectador, propondo um exercício de aproximação, uma atmosfera de intimidade, uma certa cumplicidade que nos atrai – naquela relação mediada – para tudo em nós que é comum, universal, identitário com o outro – com todos os outros.
O projeto Seis Bilhões de Outros já não está em exibição no Brasil, mas pode-se acessar informações e trechos dos vídeos no sítio www.6bilhoesdeoutros.org.
A vídeo-exposição completa traz cerca de 11 horas de depoimentos. Escolhi o trecho a seguir, que trata do sentido da vida, como introdução!