O satélite é a volta do mundo, abismo de coisas medonhas, pessoas que ladram seus sonhos, enfeites de cores errantes / Cálida vizinha e princesa, magra e sua sã loucura, grita de alegria, subúrbio! / Chora de medo o planeta. Medidas em saias bem curtas, bonecas, ladrões, pernetas / Mundo abismo, grande mundo. Logo ali, por trás do mangue, descansa a insônia, a faca, o serrote, o trabalho, o sexo e o sangue / Abismo, mundo escuro, profundo buraco, lateja o fardo de tuas ruas, lateja o grito ruminante / Gritos de não, mundo e abismo. Gritos de não, para o meu abismo mundo”.