# 100 anos depois- Viagem à Lua
Foto (NASA/Todos os direitos reservados)
“Um observador dotado de vista infinitamente penetrante e collocado no centro, n'aquelle centro ignoto, em torno do qual gravita o mundo, teria visto, na epocha cahotica do universo, o espaço cheio de myriades de atomos. Mas pouco e pouco, com o volver dos seculos produziu-se uma mudança; manifestou-se uma lei de attracção, á qual obedeceram os átomos outr'ora errantes; combinaram-se estes atomos chimicamente, segundo suas affinidades, fizeram-se moleculas e formaram esse aggregados nebulosos de que estão semeadas as profundezas do céu.”
Júlio Verne, Da Terra à Lua (Cap. V), via Projecto Gutemberg (ebook)(www.gutemberg.org), Tradução de Henrique de Macedo
Escreveu Júlio Verne sobre o espaço sideral, o escritor visionário que, como por magia, tudo aquilo sobre o que escreveu , estranho e surreal à época, se tornou realidade em pleno século XXI. 100 anos nos separam do filme “Viagem à Lua” de George Méliès. Agora que os direitos autorais cessaram e passou a estar no domínio público, este filme único, porque trata de um tema que a tantos apaixonou ao longo dos tempos, “ó Lua que estás aí tão bela” e levou outros a pisá-la no final dos anos sessenta, é de todos, agora.
Em 1902 George Méliès filmou esta história, baseada nas obras de Júlio Verne (Da Terra à Lua)e de H.G. Wells (Os primeiros homens na Lua), sobre um grupo de cinco astrónomos que viajam até a Lua numa cápsula lançada por um canhão gigante e são capturados.
É considerado por muitos o primeiro filme de ficção científica de todos os tempos recorrendo o realizador ,já a efeitos especiais e algumas técnicas cinematográficas avançadas.
Vejam esta versão do filme “Viagem à Lua” na versão original
E na versão colorida
100 anos depois a cópia restaurada do filme e com banda sonora do grupo Air circula livremente na Internet, para que nos possamos deslumbrar com esta singular obra de arte. No Internet Archive há uma cópia sob a licença "Creative Commons license: Public Domain”.
O grupo francês Air é responsável pela banda sonora desta versão restaurada que vale muito a pena escutar, pois todos somos feitos de estrelas …
(Todos os direitos reservados aos Air)
" A nossa verdadeira nacionalidade é a Humanidade". H.G Wells