Não andou a passos largos como era de costume, foi sentindo de cada vez os pés pisando o chão do corredor claro que dava até a sala de embarque, mas Louise ainda tinha 20 minutos antes que a porta do avião se fechasse e que alguma voz renitente começasse a chamar o seu nome pelo sistema de som. Um belo exemplar de Siddharta em capa dura lhe saudou ao cruzar pela entrada larga da loja de conveniência que dava para o corredor...
Olhando ao redor, o que nos distingue dos demais? O rosto, o corpo, as idéias? Talvez, mas acima de tudo os relacionamentos que criamos e mantemos, principalmente os últimos. Assim, tenho percebido a existência de três forças que norteiam um bom relacionamento nestes “tempos modernos”...
Crescemos com uma grande dúvida, como agradar as pessoas? Nossos pais desde cedo nos ensinaram as boas maneiras e a forma como devemos tratar todos à nossa volta. Aprendemos a usar as palavrinhas mágicas “por favor, licença e obrigado”, a respeitar os mais velhos e tudo o mais. Mas será que ser educado está diretamente relacionado com agradar?
Eu converso com diversas pessoas durante a semana, umas com mais frequência e outras de forma esporádica, mas há algo que percebo em comum nestes encontros. Noto aflorando nelas uma grande vontade de empreender algo inteiramente novo em suas vidas, sair da lentidão que as impede de criar uma obra relevante para elas e as outras pessoas...