Cover - A arte de contar um conto e acrescentar um ponto.
Não sei bem quando ouvi esta música pela primeira vez...e na verdade isso pouco interessa. Mas lembro-me do exato momento de quando me apercebi quem era Bruce Springsteen. Decorria o ano de 1995...sim porque ainda existiam e eram comuns os leitores de VHS, e nessa tarde de domingo assisti a um filme chamado Philadelphia... A partir desse dia Tom Hanks, Denzel Washington, Born in USA, Streets Of Philadelphia entraram todos nos meus (imberbes) gostos musicais e cinematográficos.
Mas não é do Bruce que vos quero falar, pelo menos não só dele. Uma das minhas expressões populares favoritas sempre foi "quem conta um conto, acrescenta um ponto" e de facto é isso que as covers fazem às boas músicas, dão-lhe uma nova roupagem. Por vezes ficam mais clean, outras vezes ficam estranhas... mas sem dúvida que ficam diferentes. E é nessa diferença que reside toda a beleza da criatividade e génio artístico humano. Esta capacidade (difícil) de pegar em algo que já foi ouvido e reouvido, e conseguir desconstruir e criar algo novo sempre foi algo que me fascinou. É nesta capacidade de conseguir reinventar algo criado por outros, que reside a verdadeira beleza das covers. Uns gostam mais dos originais, outros acham as covers geniais, mas isso (como tudo na vida) fica nos olhos de quem vê, nos ouvidos de quem ouve e nos lábios de quem canta.
Ainda bem que existe quem não gosta, quem critica, ou quem aplaude...simplesmente significa que existe alguém que ouviu e deu importância.
O original:Bruce Springsteen - Dancing In The Dark
O dueto:Eddie Berman and Laura Marling
A minha versão favorita: Mat Kearney
A surpresa: The Temper Trap